O ADEUS.

 


                             
Adeus!É uma renúncia, uma chama que ainda vive,
Como um sopro de ar morno apagando o que era certo,
Que se derrama entre os venenos e os perfumes,
Trazendo uma dor aguda que resvala, são gotas de mistérios.

Num coração que com lágrimas ainda vive, vela,
Com um desejo no pensamento a avivar as lembranças,
Sobre as ondas de tristeza e solidão que tudo arrasta,
Lavando com saudades o chão de uma pequena esperança.

Manhãs vazias de brisas, noites sem estrelas ou melodias,
Suspirando a cismar acordada  viajando pelo teu cheiro,
As ilusões nestas lágrimas que ainda hoje choro,
Pelos trilhos em mim deixados pelo calor dos teus beijos.

E nesta mágoa lenta a tristeza se alimenta,
Sorvendo em mim goles amargos sem consentimento,
Neste adeus, despedida das minhas doces ilusões,
Que deixou aberto em chagas o meu coração de amor sedento.

SALVADOR. 25//04//2010.
DOCE VAL.