A tristeza dos meus olhos nos teus olhos arda

É ingrata esta parte do teu sentimento,
Exterioriza o pensamento, tal qual faca.
A fúria nos teus olhos e o teu ressentimento,
Rasgou-me a alma; ferida que não sara.

 
Não haverá estrada que me leve ao perdão.
Minha mágoa torna todo teu falar vão,
Não existirá esquecimento,
Do dia que, tornou-se meu amor, ser violento.

 
Não existe uma canção que me console a alma,
Nem remédio que cure o desalento do coração,
A despedida é uma obrigação que não tarda.

 
Como ser como antes? Antes a memória guarda.
Antes lembro da decepção.
Para despedir-me não me vem à boca a palavra.
A tristeza dos meus olhos nos teus olhos arda.
 
 
 
 
Aline Capistrano
 
 
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