Repousando esses olhos escuros
Procurando harmonia em terras de ares puros
Que aos poucos vão morrendo asfixiados
Apenas acariciando belezas causadas pelos estragos.
E resistindo à aculturação imoral
Apenas calado respirando o irracional
Cuspindo sobre ideólogos dogmas da depreciação
A hierárquica força do lucro ao preço da ilusão.
Vejo-te escalar altares de lixo banhados em ouro
Sem soluçar vendes seu lixo a outro
É um que pede a outro que fede
Um que ganha com o que outro perde.
Do poder da riqueza
Ao irracional e beleza
Qualquer animal pode usufruir de-la.
Luz exposta à degradação da inteligência
Docentes da decadência.
Muitas chaves para poucas portas
Questiono-me perguntas que conheço as respostas.
Moralidade blasfemada e desvalorizada
É urgente o fim do 'analfaburrismo' à ética que fora raptada.
Juíz do sensato ditando a sentença
Desmoronamento dos castelos de areia construidos na nossa consciência.
Corrompendo até a última instância
Somos nós os clientes da nossa ignorância
Promotores da nossa auto-destruição
Vítimas desiquilibradas de nossa denegrição.
De ontem, restam os detritos da paciência
Minha cabeça enfastiada, entorpeço visando as consequências
A mídia e os seus (des)encantos
Banhando-me em prantos.