Os caminhos alagados pela chuva
me lembram os dias de coração batendo,
farol apagado, atropelamento,
vejo meu sangue coagulado
marcando o chão por inteiro...
Já estou na cama quando me percebo...
Ouço o som da chuva ,
levanto-me com o rosto inchado
meus cabelos em cachos ao ao vento,
olho para meu corpo sem ferimento
mas com humor apático e solitário
Passa um dia, uma noite,
gasto um maço de cigarro,
e me entretenho entre a brasa e o cinzeiro,
acumulando fumaça no peito.
Olho ao redor , de modo indiferente,
em vão aguardo a chegada de um companheiro
vivo o sim e um não de um amor imperfeito
e aogra se sobrepõe outro desejo:
partir para casa e abraçar meu travesseiro
para sonhar e elaborar um novo roteiro