¤ Não quero mais uma vida desperdiçada ¤

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No meu último suspiro, ainda vens para me assombrar.
Tu que te escondes sobre a bela e inspida luz do luar.
Deito-me sobre, agora gelado, chão
Em ti fixo meu olhar e espero minha absorção.
Da inegável e irreversível, destinável amargura,
Nenhuma luz clarea o suave negro das sombras.
Os últimos palpitares do meu coração, amável ternúra.
Sem desespero, nem medo eu sei, são horas...
Feridas expostas, sangue derramado
Estou livre da dor e doenças.
Não se escondam mais, sei o quanto por vocês sou desejado.
Um novo universo se abre, ao passado pertencem as crenças.
Anjos negros, maldições, demônios libertam meu corpo inerte
Vossa pretenção fora com perfeição alcançada
Mostrem-me as trevas, a vida apôs morte
Ou entao dexei-me aqui inanimado, não quero mais uma vida desperdiçada.
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