Duas fagulhas
Cruzaram a noite em meus sonhos,
Mas não incendiaram as palhas,
Dos meus dias medonhos.
Duas intenções,
Levaram-me a uma encruzilhada.
Para não ceder às tentações,
Deveria eu escolher minha estrada.
No palheiro onde eu dormia,
Vivi noite de reflexões.
Ali pude decidir o que queria
E exorcizei minhas maldições
Peguei as fagulhas em minhas mãos,
Fiz delas o meu luzeiro.
Fez-se luz na escuridão
E hoje durmo feliz no meu palheiro.
Tenho minhas pernas e meus braços,
Meus pés e minhas mãos
Olhos e ouvidos para ouvir e ver o que faço,
E no meu peito bate um coração!