A solidão que agora me acompanha
É tão pobre perto da dimensão vivida por nós
Mas saudade e dor são o que me resta
Junto à descoberta.. ao preenchimento de mim..
O anel que tu me deste...
Já não me veste mais
Foi quebrado e violado
E a proteção que lá havia
Se perdeu...
Eu grito pelo mundo
Alertando-o: Não me perca...
Não quero esquecer-te
Mas, não me resta outro fim..
Hoje sinto que você já pode sair pelos meus poros
E saudades, eu sentirei
Do teu corpo forte
Do teu abraço terno
Do teu desejo lânguido..
Do teu tremor em meus braços...
Essa independência que em mim se acomete..
É tão estranha e tão sofrida..
Inusitada.. esperada e por vezes, contida..
Oh... meu amor... meu eterno bem..
Não vês!! Que não queria deixar-te???
Olhar o meu centro... e vê-lo em pedaços
Pela falta de ti... pela falta de nós..
Pela falta de tudo que se viveu..
Aterroriza-me.. e impulsiona-me...
A construir novos caminhos
A acabar com os dissabores..
Viver outros amores..
E isso tudo.. pode ser outra ilusão
Por que você.. esta enraizado
E eu só quero que fique acomodado..
Isolado... dentro do meu coração..
A sangria já não existe mais..
Tudo é calma... mas não é imensidão..
Como tu me transformas-te...
Como me guias-te..
Como me levas-te a essa queda infinda
A essa estranha lua...
A querer agarrar uma mão perdida..
Pelo desespero ocasionado...
Pelo afago inesperado
Pelo cansaço.. não remediado.