« em: Abril 29, 2010, 13:54:22 »
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Minha cabeça é a mesma,
Porém, mesma só de nome,
Porque devagar, como a lesma,
Ganhou cabelos em rapaz
Mais foi-os perdendo,
Tanto na frente como atrás!
Num espelho
Habituei-me a vê-los
Até que cheguei a velho e
Comecei a deixar de tê-los!
Ai que saudades do risco ao lado
E da brilhantina que luzia
Sempre bem pentedado
E elogios ouvia!
Agora,
quando vou ao barbeiro,
É coisa que não entendo,
Pois leva menos tempo,
Porque tenho muito menos cabelo,
Mas leva o mesmo dinheiro!
-“Ó pá. Estás ficar careca”, dizem-me
-“Estou. Mas, embora não pareça
tenho mais cabeça e muito mais testa”,
replico, enquanto repas estico!
Mas, há uma coisa que me enerva;
é quando uma mosca cegueta ousa
fazer da minha cabeça merda
ou pista onde pousa!
Quem sabe se não anda a fazer estudos
da inteligência dos cabeçudos?!
É o que dá em ter grande careca;
Sobrar mais cabeça
E mais uns dedos de testa!
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Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar