se pudessemos nos conter
ser o que idealizamos ser
bondosos, calmos, compassivos
mas, qual tempestade imprevista,
submergimos do subterrâneo
e do lodo trazemos as iras
palavras que chicoteiam
escarneiam, machucam
vitupérios de vômitos
para depois, serenos,
envergonhados, arrependidos
dar-nos conta de nossas faltas
feito crianças dengosas
reclamando colo e perdão
de quem amamos e magoamos...