Ponha os sapatos na janela
O velhinho vai chegar
Que sensação mais bela
Eu tinha ao acordar
Do Natal, muitas lembranças
Do presépio, minha Madrinha
Mesa farta e cantoria
Numa eterna ladainha
Ainda ouço a voz de América
No cântico desentoado
Três semitons acima
De um som desencontrado
E no dia em que eu morrer
E for levado pelos ventos
Serei um pouco de tudo
Um turbilhão de pensamentos
Levarei bem guardadinhas
Para o espaço sideral
Muitas das boas lembranças
Do que vivíamos no Natal
Mas, dos bolos da Ana Rita
Nunca soube do sabor
Menino é quando acabar
Se não sobra, acabou!
Oh, Senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém....