Eu tinha que fazer, tinha que escrever. Tenho remotas lembranças de alguém ( muitos ) , vivendo no anonimato;outra se queixando de ter sido circuncidada com torquês; um professor de francês, por falar lingua estranha, usava o cabelo grande de uma promessa que fizera, foi humilhado, exposto ao ridículo em praça pública, cortaram-no o cabelo, o povo olhando, olhando como as gazelas thompson olham o leão devorar um semelhante, sem que pudessem fazer algo.
Ninguém pra defendê-lo. Casas invadidas; lares destruidos,
ninguém pra defender. Os homens de quepes faziam o que queriam, o povo caladinho, miudinho, apenas passivo dos lobos vorazes. Nossos herois viviam no anonimato, os descobertos eram torturados, depois sumiam pra nunca mais.