Correm os olhos do tempo
sobre a lívida tez da manhã
rouxinol rufla asas ao vento
o dia respira em febre terçã
Fôlego de vida abraça a moça
no vão das lembranças engavetadas
exala o odor do passado na vidraça
desfaz novelo de memórias alinhavadas
Úrsula Avner
* imagem do google
* poema com registro de autoria