Sou só e acompanhado, estou só e dissecado, só, mente e corpo, são matéria, em bolo, mas o espírito livre, que só-corre, vive só, vive-secado, e não é matéria nem bolo, e corro só, só-corro. O que é, é só, separado, senão deixa de ser, o ser, que só é, mesmo em comunhão, pois comungar é relacionar, só ligar, o só ser à imensidão, que só é em relação, a mim que corro, só-corro. Chamar consciência, ao sentir-se só, que perdura na vida, que individualiza, e só-sobrar, sempre, a vida ainda, que eterniza o que vive, sub specie aeternitatis, a essência e a existência, comungam e estão só, em cada um, que vive ainda, que só quer ar, viver e respirar, só persistir, só-ar, retumbar na existência, que corre, só-ar, a essência que não morre, mas existem duas vidas, a que não morre e a que corre, e corro, só-corro. Sou só e acompanhado, companheiro soterrado, enterrado, sócio da terra, só-cio, e continuo lívido e dissecado, e persisto, só-brio, e corro, só-corro, e quero ar, só-ar, e penso na paz, aquecida e confortável, só-lar, e corro e corro, só-corro. E não adianta negar, só-negar, a solidão, pois mesmo o amor só dói, a dor, de quem quer consumir ou sumir, o amor acompanha, mas não alcança, a essência que dele corre, como a sombra, que sempre acompanha, que corre e corro, só-corro. Ser só é conforme o sentimento, egoísmo ciumento?, conforme nosso posicionamento, segundo algo hermético, não é descrédito, mas antecipada comunhão, que já sabe, que já conhece, a posição inalcançável, inelutável, que é contradição, o mais insólito e o mais sólito, solito, o dar as mãos, de sob a aparência do eterno, o terno, eterno só, que também socorre, pois a contradição é esta, eterno ser só, e terno só ser, e também eu dou as mãos, solícito, e me rio solito, e gosto de correr, socorrer, e corro, só-corro para mim, sim, eu, de sob a aparência do é-terno, não fujo de mim, que me rio e me socorro.