Chove lá fora, a noite preguisosa é melâncolica.
no quarto úmido à tristeza se faz morta a percorrer todo o meu ser.
Me encontro em completo abandono...
Olho-me no espelho, a imagem que vejo refletida não tem brilho nem cor.
Oh! espelho traidor...
Encolho-me em mim, os anos idos deixaram as marcas do tempo,
e só a recordação ficou.
A solidão bate à porta, minha alma desespera-se, tremula apoio-me nas lembranças,
percorrendo caminhs que o tempo levou.
Há no meu peito uma dor ardente, em silêncio o espítito murmura.
Em penumbras o corpo cansado refugia-se, a um vazio ausente.
O coração debulha-se em lágrimas.
A memória fria demente, em delírios entre o hoje eo amanhã,
rasteja-se a passos funebres em fantasias, sonhos e realidades.