Eu vivi um mundo de máscaras
Mostrei-me suave e alegre
A meu deus,
agora acordo e vejo
Estão todos mortos
E tudo que eu deixei de falar
As coisas que eu não disse
E tarde demais e nunca fui verdadeiro
Me rotulei de normal
E para isso precisei fingir estar sempre bem
Meu sorriso escondia tudo
O rosto atemorizado
As lágrimas
O desmanchar do meu eu
O que eu era?
O que eu fui?
Nada Ninguém
E só agora vejo o quanto fui inútil
O quanto sou ridículo
O quanto sou falso clamando por Deus
Porque?
Eu nunca acreditei nele!
E agora acordo tarde, é tarde
Jamais poderei mostrar o que sou a eles
Estão todos mortos
E eu também
Porque eu nunca fui nada
Agora talvés eu esteja nascendo
Porque hoje eu sei
Porque eu sou o que nunca mostrei
E não terei medo
Não preciso provar que sou igual
Porque eu não sou
Eu sou a verdade
E jamais me esconderei.
Percebi e jamais tornarei a me enganar
Sou amargo Sou azedo? E daí?
Sou eu e não me esconderei da verdade
Será mesmo que ainda é tarde?