O GRITO DO MAR
Geraldo Bessa Pereira
25/ 06/2005
Fiz eu, a vos, impiedade ardil,
Para afogar-me na impureza atroz?
Removam a consciência imbecil,
Parem um minuto e ouçam a minha voz.
Eu solicito atenção eterna
Vos não seguis o manual da vida...
Sai das cavernas, movam suas pernas,
Venham curar-me essa voraz ferida.
Já não mais bebo, rios de águas limpas.
Enfadado, meu grito em alto brado:
NÃO ME POLUAM!... Pois estou cansado!...
Quando elevar-me em grandes ondas às grimpas
E sucumbir vossos impérios à queda
Verás que bom se alimentar de merda.