O despertar da doce indecência

 O amor parece mais doce quando roubado,
Seus afagos são de pura adrenalina.
O beijos provocam arritmia e deixa angustiado,
As mãos ágeis percorre o corpo com indisciplina. 
 Cada peça tira, lentamente, cuidadosamente
Não pode respeitar a decência neste momento.
A respiração ofegante retrata um ladrão claramente,
A boca não pára e em todo instante cala o lamento.
Não, não, não por favor não. Não lembre seu estado,
Grite, suspire, faça algo que dopa mais a mente.
Assim, o mestre do prazer consegue manter o resultado,
Que com a mesma certeza das raposas caça brilhantemente!
 O momento culminante está chegando não adianta lutar,
Pois passo a passo vai enriquecendo aquele embaraço.
A amante rompante está sem saber como escapar;
Despida já não sabe se Não é Sim, mas sim é doce laço.
 Agora a acção acompanha várias canções que não ouve,
Todos os rítimos estão presentes, mas o melhor é a violência. 
Não quer voltar, não quer acordar, nada mais a remove;
Só interessa uma só direcção: não acordar da doce indecência.
O clímax, a exaustão, o cansaço e por fim o sono da indolência.
Acorda com outra batida tão ou mais forte que a levou ao sonho.
Agora o choro e a porta, o destino de incerteza, não há inocência.
A culpa trás um ensino: foi amor? Foi paixão? Quem é este estranho?
 Não pode dizer que valeu a pena, pois sabe que agiu por impulso,
Sabe que o sentimento presente não reflete carinho ao amante.
Foi ótimo, foi mágico, foi inexplicável. Mas não foi eterno...
Passou. Apenas passou como um sonho de um dormente.
 O amor não pode roubar-lhe o sim e desreipeitar o  não.
O amor nasce suave e único faz maravilhosas mudanças,
pois não pode ser caçado como um bicho selvagem
E sim ser conquistado a cada dia e se firmar na esperança.