Minhas janelas...

Estruturas de concreto se elevam

Diante da bela visão

Que tenho do meu quarto.

Daqui, vejo o Cristo,

Os alunos em recreio na Escola

E um grande Ipê

Que acompanho em todas as estações

E vibro ao vê-lo florescer...

Mas o concreto e o aço

Dessa selva de pedra

Vieram tapar a bela visão

Dessa ingênua idealista

Que em meio a esse mundo louco

Insiste em sonhar!...

Taparam o Cristo, os alunos e o Ipê.

Coitados! Ririam de mim se soubessem

Que não preciso vê-los...

Basta saber que existem

E que estão ali... para eu ser feliz!