O Ato Parte II – Provocação

Te entrego o cetro do desejo

No auge da sua pujança

Para que sinta o forte cheiro

e a rigidez da minha lança

 

Abraço o seu corpo então febril

e dou-te um beijo doce e ardente

Despertando na fera o instinto de animal

Fazendo pulsar nas veias o sangue quente

 

Minhas mãos frenéticas te buscam

Em partes até então intocadas

Te trago na ponta dos meus dedos

Tateando tuas pétalas rosadas

 

Te escancaro abrindo-te os quadris

Na sede implacável de sugar

Tua flor que incandescente, pulsa

A expelir teu cheiro me faz salivar

 

Ah! que cheirinho gostoso

a sua grutinha expele

Inspiro com prazer teu aroma forte,

que num frio de morte me arrepia a pele

 

Como seda quente te alisando

Num tocar de leve, quase intato

o teu gemido rouco anuncia

Há que ficar no ar impregnado o ato