Loucamente observo a noite
loucamente vejo o tempo passar
em cada minuto, em cada segundo
pulsa a dor no meu olhar
O silêncio, inimigo dos loucos,
vai chegando,
se embrenhando,
Vai ficando,
entorpecendo, embriagando...
E,
enlouquecido
embriagado,
entorpecido
Caminho sem rumo, nos becos imundos,
nos guetos, nos vãos estreitos da dor
E no frio da solidão absoluta
Embriagado, entorpecido
enlouquecido,
Me sento, me encolho,
Soluço teu nome...
e sonho você !