Caatingas em agonia.

Avermelham-se ás caatingas em agonia
O sol... Sequioso deixa as faces ressecadas,
Nos céus um loiro leque de púrpuras raiadas
Pré-anunciam um escaldante e sedento dia.
 
Faltam fontes para molhar a pradaria
A sede sufoca o homem e as bicharadas,
As aves de arribação fogem em revoadas,
Gorjeando uma melancólica e triste melodia.
 
Na aureola do horizonte há uma cruel calmaria,
Desnudo esta o céu sem as nuvens carregadas,
As vertigens fazem parte daquelas vidas derrocadas,
Só o sol marca presença nesta inóspita geografia.
 
Surgem trêmulos cordões pelas estradas
Num mundo onde a seca impõe sua tirania,
São os caboclos rezando sua fé em romaria,
Molhando a terra com suas lagrimas derramadas.