Chora de manso e no íntimo...
Procura
Curtir sem queixa o mal que te crucia:
O mundo é sem piedade e até riria
Da tua inconsolável amargura.
Só a dor enobrece e é grande e pura.
Aprende a amá-la que a amarás um dia.
Então ela será tua alegria,
E será, ela só, tua ventura...
A vida é vã como a sombra que passa...
Sofre sereno e de alma sobranceira,
Sem um grito sequer, tua desgraça.
Encerra em ti tua tristeza inteira.
E pede humildemente a Deus que a faça
Tua doce e constante companheira...
Este poema é de autoria de Manuel Bandeira.
O poeta, de onde está, via uma pessoa muito amada, tirou-o do seu acervo e soprou no meu ouvido, traduzindo exatamente a quantas anda a minh'alma!