Um cigarro ao relento
o soprar do vento
o seu nome...
Justamente hoje, solitário,
tais momentos...
pra nunca ousar esquecer...
Sozinho na praia ainda escura,
vejo sombras
e converso com espiritos
que me parecem amigos...
pois há muito o que dizer
e não mais para quem dizer...
Enfim um violão
a compor uma canção
que não celebra mais o passado
mas constrói o futuro,
a carta onde sou o remetente
e não há destinatário...
Canto, supero tudo,
sinto-me bem....
no meu peito queima a esperança
e de olhos bem abertos
vasculho a areia agora clara
a procura de tesouros...
... em vão...
Porém logo depois da chuva
que aquele vento trouxe,
o mesmo que soprou seu nome...
Surge o sol e o arco-íris;
os pássaros dançam-me
outra palavra no céu...
Leio, para aos poucos,
recomeçar a cantar,
reaprender a amar...