Tanto a falar...
Enlouqueço diante destas dúvidas,
E eu tremo perante muitas faces,
Lá no espelho, imagens vívidas.
Pois ambas têm muitos entrelaces,
Ao seu amor, respondi com a dor,
Á sua entrega, com a indiferença,
E num único dia eu esfriei o calor,
De muitos anos de pura confiança.
Por ora, juro, nem sei se teria valor,
Minhas palavras, ou minha presença,
Só sei que, para mim, nada tem sabor.
Nada tem alegria, e tudo é descrença.
As palavras travadas, e já fui trovador.
Estou mudo como se fosse de nascença.