Recife,
na língua dos deuses, morada dos poetas.
Recife,
a Aurora é um poema encharcado numa manhã chuvosa de abril.
Recife,
não quero falar de tuas pontes,
tuas revoluções libertárias,
tuas liberdades sufocadas,
tuas noites de silêncios abissais no bairro antigo...
me bastaria Bandeira da União,
me bastaria a eterna canção do rio
que atravessa o teu corpo
e que os homens não conseguiram calar.