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R.Vinicius.

R.Vinicius.

- Uma carta para a senhorita.

Que carta, que palavras, que versos. A forma leve como escreve encanta. Seus versos são sinceros. Não sei se concordas comigo, mas na minha humilde opinião o grande problema da poesia e da literatura como um todo, é que ela está de certa forma presa a forma, a moldura estética. Quais os versos perfeitos? Quais os versos raros? Quais os versos pobres? Alguns dirão as "regras", como num soneto, como num poema. Os fragmentos, o versejar. E por isso muitos não lêem poesia, o soneto, pois julgam que é difícil, acham que o vocábulo é robusto, que não é sincero, mas uma procura perfeita e volumosa no dicionário. Vemos que poucos lêem poesia, basta olhar a lista de livros vendidos e a pouca procura por antologias poéticas. "E o que serão dos versos que hei de te dar? / Os versos que hora dormem em meu peito / Tal como sua mão que (não mais) afaga meu rosto."

Um dos porquês que me fazem lê-la e que me encanta é a sua sinceridade. Eu não vejo essa procura por perfeição nos versos, vejo nu e cru o que queres dizer e a riqueza que emana de você, seja em sentimento ou em conhecimento do vocábulo. Gostei da sua biografia, original. Sugiro um poema, que escrevas um - As faces de Érika. (Seria muito bonito.). “As verdades são versadas / Nos versos sinceros / Como em um olhar.” Seus versos por si só carregam uma voz particular, singular, sua voz própria. E o que encanta é que é um ato natural em você, tal como respirar. Muitos procuram isso e só encontram em alguns momentos da vida, outros nunca encontram, gostariam de ser mais poéticos, mesmo sendo sem sabê-lo ou de uma forma totalmente distinta, porque poetas são todos aqueles que queimam, queimam como estrelas no céu noturno. Eu escrevo há muito tempo, dês dos meus seis a sete anos. Comecei com poemas, histórias fantásticas. Hoje estou escrevendo de tudo um pouco, levo a sério a vida de escritor, mas também a levo com um humor doce, pois a vida é dessas muitas coisas incompreensíveis e que não precisamos compreender. Também levo a sério porque pra mim a palavra é como uma ponte pode unir homens, mas também pode separá-los. Fazer amigos ou inimigos. “As folhas em branco / Transformadas em carta / Não estão desbotadas, manchadas, são traços e linhas / Onde em todas lhe reconheço.” Duas pequenas perguntas. – Qual o seu poeta favorito? Seu romancista favorito? E se me permite, voltarei mais vezes e espero que volte a escrever por aqui. Como último pedido: Peço-lhe que me perdoe por alongar-me no comentário-carta.

Abraços, até breve,

R.Vinicius