Atordoei-me por um tempo já sem vida,
Por entre uma memoria já perdida,
Que não volta mais.
Marquei minha distancia de ti, de mim,
E acabei presa nas teias de uma fantasia,
Mascarada de ilusão.
Inventei um tempo só meu,
Onde julguei que crescia,
Que me tornava gente.
Vivi esta minha insanidade
De espírito aberto, livre do preconceito.
Escancarei minha alma,
Desprotegi minhas certezas...
Oh, quanta mágoa atropela minha mente,
Quantos caminhos trocados percorri,
E no fim cansada tive que voltar para trás.
Quantas vezes desisti do meus recomeços,
Para ter que partir de novo.
Quantas vezes, jurei não mais me enganar,
Não mais atraiçoar aquilo que sou,
Para depois confundir-me e trocar meus passos.
Eis meus amigos, aquilo que sou
Uma pobre alma.. uma insana poeta.