Ser a água do rio... e viajar...
Nas margens, ver a flor amarela
sua sede em mim saciar.
Refrescar as mãos da donzela
cujas lágrimas recolhi.
Percorrer caminhos sinuosos,
refletir do sol o esplendor
e não temer os ventos furiosos.
Escutar o entristecedor
canto da bela juriti...
E, sem parar, seguir viagem
até encontrar meu destino:
ser tragada pelo mar selvagem
e diluir-me num desatino.
Em outras águas renasci...
Mardilê Friedrich Fabre