ÚLTIMOS MATES

Já tô sentindo

o puaço nas costelas....

Meio embretado

nos setenta e sete,

sinto as rosetas

desta vida, e elas

ainda me empurram

pr'eu ganhar o brete

Já redomão não sou,

mais inda arisco

tartamudeante,

vou trocando orelha

a ver se ganho, ao tempo,

mais um tisco

p'ra mais uns mates

meio assim de esguelha.

E a cada sorvo,

sinto que o porongo

me faz a seiva

menos agridoce

e, hoje,os meus mates

parecem mais longos...

E a la grã cria!

Todos já partiram...

E me deixaram só.

Como se eu fosse

resto de fogo

que as cinzas já cobriram