Passa o tempo e eu me exponho
Chego ás vias de fato, me atraco...
Com a solidão que ruge como fera
Querendo ferir o meu coração.
Passa o tempo e eu me decomponho
Subjugado pela insônia, me afogo...
Acordado eu pressinto e sonho,
Com os teus olhos a me observar.
Passa o tempo e em meio a escombros
Vejo minha vida passar, se esvair...
No espelho vejo refletida sua face
Que em face de minha dor; sorri.
Eu me exponho e em meio aos escombros
A noite passa e o dia amanhece nebuloso...
Carrego o peso da saudade em meus ombros
A noite chega, meu coração num pranto copioso,
Amarga a dor da saudade tudo de novo.