Disritmia e suores noturnos.
Sombras que me sobreveem
No escuro, quando finda o dia.
Põe-se o sol a minha revelia.
Sinto o pesadelo constante.
Que de tão suprimido,
Busca uma saída incessante.
Quando me sento ou me deito,
Fecham-se meus vidrados olhos,
Tapam-se, alienados, meu ouvidos.
Mas a mente ardil,
E suas engrenagens volantes,
Colocam-me impotente.
Sinto frio, fome e sede.
Terrores me chegam, hipnotizam.
Vultos se projetam na parede.
Murmúrios de antigas angústias
Recaem em meu centro. Vozes
Que não se calam no pensamento.
Clamando por um esclarecimento
Que somente eu poderei me doar.
Insone, não encontro a resposta.
Será que estou dormindo no ponto ?