DIAS
Cada dia de mim se despede
Não mais regressa
Passa a dia de mim emigrado
E vai para a lonjura do passado!
Nendum dia
Dos meus dias passados
Vem
Novamente
Passar o Natal comigo
Nem regressa por alturas de Agosto
Às romarias da minha aldeia!
Não
Nenhum dia
De mim emigrado
Volta a estar a meu lado!
Só o dia do presente vive comigo
Mas tenho os do futuro prometido!
Quando os dias do futuro chegam
Logo de mim emigram
Continuam sua viagem
Eu deles sou
Apenas
Seu ponto de passagem
Nunca me mandam cartas
Dizendo onte estão!
Sou estação de dias
Os chegados vividos
E os vividos partidos
Emigrados que são
No cais
Fico à espera do futuro.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL