Estava lá,
Mais negro que a escuridão.
Em meio a desordem vista.
Dentre os vermes sangüinários.
Rente a putrefação eterna.
Na fronteira do inferno.
Estava tão podre.
Mais podre que o podre.
Perfumado pelo demônio.
Sabotado pela ignorância.
Mas estava lá,
sóbrio, silencioso e solitário.
O saco de lixo.
Aquilo estava tão podre.
Que as criaturas mais bestiais
Não ousavam cruzar seu caminho.
Estava tão podre,
Que tudo ao seu redor perdia
vida e esperança.
Mas estava lá,
sóbrio, silencioso e solitário.
O saco de lixo.
Aquilo estava tão podre.
Que até os urubus voavam longe.
E os ratos não passavam perto.
Mas o menino tinha fome.