Sem se arrepender.

 
A branca neblina
Expõe nossos espectros.
Á amanhã se comove...E se confunde
Com a fumaça do meu hálito.
Quando amanhece,
Sou vida, sou luz...
Quero chegar, ser feliz,
Encontrar a paz...Ser dono do meu nariz.
Quero brincar, ser capaz,
De reconsiderar. Ser convincente,
Eleger consciente no ato de votar.
Morar no meu teto, enxugar meu pranto,
Uma estrela a brilhar,
Ver o mundo girar, com olhar inocente.
Quero-a nesta noite como cúmplice,
Meu corpo nu, o teu corpo explorar.
Ti amar sem temer e se eu broxar...
Não vou chorar nem me arrepender,
Tentaremos amanhã e no calor da cama
Aliviarei meu cansaço ao me deitar.
A noite morreu... O dia vai nascer...
A neblina vai se dissipar.
Quando o sol tiver nascido...
Nossos desejos já diluídos...
Ti tomarei nos braços
Para adormecer.