Ainda posso escutar seus latidos na varanda,
Meu velho amigo, por onde anda?
Diga meu velho amigo, que falta sinto de você,
Lembrança de lhe ver na chuva me faz sofrer,
Ainda impregnado nessas memórias,
Que falta sinto daquelas velhas histórias,
Lembra da vez que quase bateu no caminhão?
Aquilo me cortou o coração.
Ai, meu velho amigo, como a sua falta eu sinto.
Suas pegadas de lama no banheiro,
acredite quando digo que não minto,
Algumas vezes eu odiva o seu cheiro.
Mas que falta tenho dele agora,
Meu velho amigo, por que foi embora?
A lembrança de seus truques deixa saudade,
Da sua brincadeira de dança me faz chorar,
Ao som de Bauhaus você tentou cantar,
Quase lhe entendia perfeitamente,
Não é verdade?
Você sempre seguindo em frente,
Feliz nas piores condições.
Quantas emoções.
Meu velho amigo, me lembro de quando brincava na cachoeira,
Voltava enxarcado e todo sujo de areia.
Ah meu velho amigo, até cego era lindo,
Sempre sorrindo.
Ainda posso escutar seu latido na varanda,
Por favor meu velho amigo, por onde anda?