Passarelas de sangue (Um tributo ainda que tardio).

 
 
Nas passarelas da minha mente
Vejo desfilar meus velhos ideais,
Pelos quais sempre lutei, mas, quase fracassei.
Homens bons viveram e morreram
Procurando pela justiça tão prometida,
Mas, que não era comprometida com eles.
Martim Lotear king, tinha um sonho;
De ver todos os povos, independentes de cor
E crédulo caminharem juntos e de mãos dadas.
Foi assassinado.
John Kennedy sonhava em ver o mundo livre,
Sem guerras e sem fome com mais sabedoria e menos armas,
Foi assassinado.
Tchê Guevara lutou por um país livre da interferência
Capitalista e contra o consumismo exacerbado que
Corroia e prostituía as camadas menos favorecidas.
Foi assassinado.
John Lenonn sonhava com um mundo sem fronteiras
Onde o natal pudesse estar ao alcance de todos e que todos
Pudessem desfrutar do mesmo sol.
Foi assassinado.
Wladimir Herzog e tantos outros vitimados pela intolerância política de governos autoritários que trouxeram a dor a tantos lares brasileiros.
Ainda hoje em minhas viagens de volta ao passado ouço os gritos abafados oriundo pela dor das torturas que partiam dos porões fétidos e escuros do Doi-Codi (Destacamento de operações e informações).
(Centro de operações e de defesa interna) que trabalhavam e serviam aos militares e aos seus patrões que defendiam a "democracia" burguesa no Brasil.
Nas passarelas da minha mente ainda vejo o sangue de homens bons manchando o (Lábaro) estrelado da nossa bandeira.
 
 
Chico Mendes, (Assassinado)