“Esquecimento...”
Vou te dar um caminho se pegar minha mão.
Não peço muito, não quero abraço, não quero carinho, afeto se for um pouquinho, o que quero apenas é você do meu lado sorrindo.
Não te darei o céu e muito menos todas as riquezas do mundo, não te darei jóias caras, o meu mundo não é demais, o que quero é você sempre vindo.
Não quero ser um poeta póstumo, não preciso disto do mundo, não quero cruzar com minha mente deturpada, não foi assim meu pedido.
Não resisti ao seu sorriso de menina, meu juízo ora vago, entregou-se de fato ao insensato, mas belo retrato, talhado na pedra marcante de meu dia a dia.
Não sou um amante perfeito, sou trapaceiro, tolo, palhaço, homem encarnado em um corpo doentio, dado as fraquezas humanas, incertezas insanas, fracassos bacanas; apenas um homem perdido.
Não procuro a chuva lá fora, não preciso do sol escondido, não quero algazarra irrisória, nem um mergulho em um lago vazio.
Não quero seu perfume indo embora, não quero a folha verde a toa caindo.
Não sei ao certo o que consome, não sei mais ser um vencedor, não preciso mais de um pedido em seu nome, não preciso de um apelido tal qual perdedor.
As palavras citadas não são primaveras arranhadas, nem a liberdade esperada, tampouco a tarde acabada, nem sei o que esperar destas palavras findadas.
As promessas chegaram; as mentiras também, um orvalho abafado, aquele perfume de jasmim.
Um jardim abre-te os braços, não tenha medo entre descalço, alguém espera há muito tempo sentado pelo abraço esquecido.