Dentro de mim mora um menino...

 
Dentro de mim mora um menino...
 
Franzino, delgado, que sonha crescer...
 
Ouve distante um sino, de toque fino!
 
Encantado, o som lhe bebe até seu esmaecer.
 
 
 
Poesias em cachos o bronze lhe soa
 
Lhe entoa toadas em ondas e vagas
 
Em fantasias se toma por douta pessoa
 
A traduzir tal encanto em mantras e sagas
 
 
 
Dentro de mim mora um menino...
 
Vestido de vestes maior que seu porte
 
Não é que me importe, ainda é pequenino.
 
Deixa que sonhe, que ria, que fie na sorte...
 
 
 
Deixa que beba do sino, do seu tilintar...
 
Que aura desse idílico sonhar as benesses
 
Até que o espelho se lhe ponha a gritar
 
E por este insípido prosaico se curve em preces
 
 
 
Manito O Nato