Um poema para uma menina

Por onde brincava

a menina deixava lembranças

Cinzas borravam o chão

marcas de infindas pisaduras

em longas andanças

 

Cantorias eram entoadas

ao redor da fogueira ardente

em noite de céu reluzente

Onde perdeu Carolina a candura de menina?

 

O sorriso lépido virou ave de rapina

Vôou para além da colina

que cercava a pequena casa de Carolina

casa de taipa agarrada ao riacho

onde matava a sede o cavalo "Diacho"

 

Um velho Carvalho cobria com sombra altiva

A doce Carolina em sua vida primitiva

A menina embalava a boneca enrolada no pano

Embalava a boneca

Embalava o pano

Embalava sonhos...

 

                                              * Úrsula A. Vairo Maia *

 

*Poema registrado na Biblioteca Nacional . Respeite os direitos autorais.

* A imagem postada foi extraída do site "Cita e Pense"