Lembro-me daquelas noites...
Divertíamos com um simples violão
Numa estrada
Pé no chão
Ninguém por perto
Seguíamos na contra mão
Destino incerto
Copos quase vazios
Brindávamos e ríamos
Despreocupados...
Com a companhia da lua
Guiados...
Eu me sentia um iluminado
Sondado pela luz dos seus olhos
Momentos inesquecíveis
Foi o passado.
Nossas loucuras se repetem
Me alegram
Me viciam...
Hoje posso dizer que tenho sorte
Pois a reencontrei
O que faço?
Não sei
Confesso que chorei.
E vou chorar
Se esta lembrança apagar...
Em mim não apagará
Olho nos olhos
Para dizer toda a verdade.
Como já fizemos
E o que faremos?
Do futuro não sabemos...
Quem sabe, de novo, nos encontraremos...
O que me importa é o presente que tenho.
Tempo verbal
Que não sai da minha mente.
Ficarão na memória todos os momentos
Pois são especiais
Mesmo que caminhemos sozinhos
Com cautela.
Aqui da janela
Sofro com a solidão
Sua imagem na tela
Desabafo com ela
Sem ter explicação...