Entoando minhas canções
e, solitário, vou subindo a encosta da montanha,
penhascos alcantilados, ravinas espantosas,
tudo é luxuriante e belo.
Sigo num arroio runo à nascente,
A montanha eleva-se
Como um dardo de pedra lançado da terra,
Páro, para descansar e admirar tão rica beleza
O mosteiro, esse, fica ainda lá no topo da montanha
Muitas horas serão ainda precisas
Para o poder alcançar
Após ter enchido os pulmões
Com o ar puro da montanha
Pego em meu bordalo
E avanço cheio de fé,
Pela imensidão dos montes,
Deixei de ver o topo da montanha
Já não sei por onde vou
Olho em volta
E então vejo lá ao longe
O sol poente
Como me indicando
O caminho a seguir
O nascente
E lá sigo eu, calmamente
Os morros
Os vales esses já ficaram para trás
Bem como a familia que me
Acompanhou até à metade da etapa
Da subida da montanha
Terei que ser eu, somente eu
Com a minha fé
A escalar sem ajudas,
As ingremes encostas,
Pondo à prova
A minha vontade
O meu espirito e sacrificio