Cinza

Vejo nos espelhos da casa
A minha tristeza estampada
As mãos pousam em meu colo
Sem movimento,caladas...
A vida tornou-se um veneno
Que bebo num só gole
Meu ópio
Tendo os olhos dos outros como holofotes.
Tolos patéticos!
Riem de minha alma cadavérica
Meu fantasma,minha minha prisão.
A tua ausência é meu inferno...

Juliana Cruz