Caíram-se as cascas do tórax
Pouco a pouco se iam com o vento dos pensamentos
Enquanto a alma embebedava-se em reflexões humanas
A visão disso tudo era magnificamente deplorável
O amor e as vacas do pasto
As cebolas e os beijos das bocas corruptas
E as bobagens fascistas de relações heterossexuais
Uma perturbação pela felicidade do outro ser
Esquecendo-se dos jogos de poder nojentos exercido sobre o corpo do outro
Que nada vale, senão a causa esta agonia existencial que abate bilhões de seres
Aflito, em busca de uma solução futura para a continuidade do amor
Ou a libertação pela boca em devaneio
Perder, trocar ou amadurecer?
Enquanto isso apodrecia dentro do seu peito
O fruto desta (des) graça
Oco motor de circulação sanguínea
Haveria de chorar, haveria de gritar até morrer
Pelas dores já causadas e pelas situações mal explicadas
Mas convertendo este sofrimento em pensamento útil
Teria de regar o seu fruto e o seu amor
Até que permeasse entre a salvação e a libertação
Ou que se deteriorasse de uma vez por todas
CA-K:
15/09/2008