Soneto Nº 1912-SAUDADES DE ILUSÕES DEFUNTAS -Soneto DECASSÍLABO

Soneto Nº 1912-SAUDADES DE ILUSÕES DEFUNTAS -Soneto DECASSÍLABO  do Verso Tradicional Sonoro na 4ª, 6ª,  8ª e  10ª  sílabas. Rimado ABAB,ABAB,CDC,EDE.
 
Por Sílvia Araújo Motta
 
Foi triste ver o amor fugir, sozinho!(A)
Sonhos desfeitos, sombras nada mais.(B)
Castelo ergui, teci ilusões, carinho,(A)
quis ter um lar, com paz e sorte iguais...
 
Sem barcos, velas, mastros...meu caminho!(A)
segui sem rumo certo, entre os ais,(B)
encontrei noite escura para o ninho...(A)
Desilusão? Não quis sofrer jamais...(B)
 
Ébrios anseios bebem vinho amargo! (C)
Bruxa malvada quebra a taça, então (D)
trevas nos seios fazem ombros largos!(C)
 
Milagre alcanço! Venço, fico forte!(E)
Fada Madrinha chega e traz condão: (D)
-Vinagre enfrento sem ver Dona Morte.(E).
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Belo Horizonte,terça-feira, 4 de agosto de 2008.
 
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