Voz do Intimo

Voa crepúsculo da alvorada
Atrás de um semblante ausente
Luta por uma alma ensimesmada
Na angustia de um corpo latente
Que se perde entre páginas rasgadas
Na frívola vida incandescente
Não sei ao certo desta luta desarmada
No caos dum prazer inconsistente
Na luz divina que brilha na madrugada
A amplitude de um nascer dormente
Que borbulha as mais claras palavras
Este pequeno ser crescente
Entre rios de lágrimas choradas
O frio maior ainda se faz presente
No vazio intimo da sua falta
O medo me corrói inconscientemente
Nada pode expressar a coragem desalentada
Deste viver teu... indubitavelmente.