aos patativas e assarés
que se pintam em forma de cordéis
intensos, imprecisos
hipertensos, doidivanas
cedo o que há de mais raro
quero-te nas rimas profanas
em meus urais
já não há medidas
para o desmítico
para o encantamento maior
do bem querer
e meu colo sedento
procurou-te nos olhos
de teu criador
e só encontrou o desprezo
de um gozo preso
que não quer se soltar
mas ainda assim
gritava
berrava em vão
meu nome
pagão!
pagão!