É histórico e bíblico:
os gigantes morrem
pelos pés, próprios,
pois não olham onde pisam.
Do alto de sua prepotência,
seus olhos desproporcionais e míopes,
sequer enxergam a ponta do nariz,
que dirá o chão
e os ângulos da abscissa,
pelos quais movimentam os seres
ignavos que lhes dão sustentação.
É singular ao gigantismo
tratar a todos como se pélvia
fossemos; desapercebido
que na história da terra,
sem exceção, os portentos de ontem,
hoje jazem no ostracismo.
Assim foi com Império Romano,
antes dele, com os Fenícios.
Quede o poder superior e insano
que deferiu a morte de Cristo?
E da vetusta epopéia grega
que os poucos cidadãos ilusionavam eterna;
exceto a sabedoria filosofal impressa nas bibliotecas,
restaram dos palácios, raras torres bêbadas.
E do Medievo,
se emanado de Deus,
por que virou cinzas o Catolicismo?
Quede os Reis,
com sua eloqüência
inquestionável do Absolutismo?
Quem se recorda, salvo a ciência,
da apetência débil do colonialismo
fomentado pelo Império Lusitano?
É histórico:
truculência e denodo
são características ínsitas
dos imperialistas.
É notório:
o cordão maculado de engodo
cose os contratos alinhavados
aos princípios capitalistas.
Por que teria outra sina
a mão longa, maquinante e desumana
do Imperialismo americano?
Mais dia, menos dia,
estarão eles na feira dos bananas;
ou, de pires, na fila indiana,
que leva às burras da China.
08 de Setembro de 2004