À noite eu te procuro com desejo insano.
Ando pelas trilhas, busco teu cheiro,
Acho tuas pegadas.
Encontro teu esconderijo, adentro...
Me olhas com olhos de devassidão.
Te apanho em meus braços, teu corpo ofegante,
Entre suspiros entrecortados,
Flutua por ondas de imensa paixão.
Desnudo-te das roupas e das purezas.
Profano, como um animal sagrado,
Todos os inocentes recônditos do teu corpo.
Quero o inumano, a sensual magia do desejo corpóreo
E a silenciosa cumplicidade de tua alma.
Te exploro, te invado...
Perco todas as razões, até explodir
Em emoções obscuras e secretas que só em ti alcanço.
Embriago-me, desconheço-me, alcanço alturas inimagináveis,
Desço incomensuráveis abismos, até não haver divisão
Do que está em mim e do que fundiu-se em ti...
Cavalgo, navego, desbravo campinas e horizontes
Até explodir em incompreensível e inimaginável...
Êxtase delirante, dentro de ti, meu amor....
R Calmon