TIJUCA

Tijuca, é noite. Paro num sinal perdido,
Chove miúdo O farol ilumina um guri...
 De idade? Dez talvez, que parado ali,
Para mostrar que ainda não é bandido...
 
.Ele levanta a camisa fina encharcada,
 Nos mostrando que não está armado!
Meu Deus, Vê que mundo desgraçado!
Veja nossa pátria madrasta desarmada,
 
De uma política séria de redenção social!
E ele faz poucos malabares, desajeitado...
Que eu assisto cabisbaixo, envergonhado...
Dou algum dinheiro, me sinto muito mal.
 
Em casa, a discussão na TV, vejo “ao vivo”
Quem gastou mais no cartão corporativo!

Pedro Paulo da Gama Bentes