Distante e Duvidoso

Estando alerta
As regras da boca
E do olho; No coração,
As (in) certezas propostas
Indigestas e encharcadas de vazio verdadeiro

Esta sensação arruínante
Leva a crer em coisas lúcidas
E constrangidas
Ficam a celebrar a monotonia

Outra penetração semanal
E essa dor sempre!
Retorna e retorna
Queimando os meus neurônios
Fazendo a alegria ficar alérgica
Por tanto descaso!

Quando irei ser abandonado?

Por quanto serei trocado?

Uma máquina de odiar
Cheia de combustível
Preto e fumarento
Quebrado até o ultimo sorriso (in) feliz

O remédio que salvaria
Acabou de levar ao leito de morte
Por baixo destes cortes
Estão todos os gestos que reprimi,
Sobre as mesmas batidas do amor.

CA-K:
31/03/2008